Inspirado pelo filme Berlim, Sinfonia de uma cidade, de Walter Ruthmann, Manoel de Oliveira captou artisticamente imagens de um quotidiano da cidade do Porto. Douro, Faina Fluvial é um documentário de 20 minutos que oferece uma arrojada observação da realidade social, incorporando vários elementos da azáfama diária da Ribeira: os homens e mulheres, as máquinas e os carros de bois, os barcos a ponte. E o rio. Um conjunto de elementos articulados que faz desta curta-metragem um testemunho valioso de como se processava a vida do Porto-Douro no final da década de 1920.
Douro, Faina Fluvial foi gravado com recurso a uma máquina de filmar de 35 mm, durante dois anos – as gravações eram feitas ao fim-de-semana. Manoel de Oliveira foi auxiliado por António Mendes – seu amigo e fotógrafo amador. A estreia do filme teve lugar em Lisboa, no V Congresso Internacional da Crítica (Setembro de 1931).
Para saber mais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Douro,_Faina_Fluvial
http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=570239
http://www.labcom.ubi.pt/cinubiteca/pdf/planocorte29.pdf
http://www.citi.pt/cultura/cinema/manoel_de_oliveira/douro.html
http://cinept.blogspot.com/2005/02/douro-faina-fluvial-1931.html
terça-feira, 5 de maio de 2009
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O filme "Douro, Faina Fluvial", que vi pela primeira vez, é muito bonito e cheio de pontos de interesse. O pormenor de ter sido inspeccionado e sancionado para visionamento; a importância que assume como registo de uma época e a sensibilidade e candura com que a mostra; as relações que estabelece - entre homem e máquina, rio e cidade, trabalho e descanso, etc. - são ao mesmo tempo subtis e evidentes; as possibilidades de leitura e reflexão que deixa em aberto. Penso que quando voltar a passar nos espaços que dão corpo ao filme, os vou perceber de forma diferente.
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